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5 tipos de arquitetura de software em alta

Written by Strider Staff | 30 de Outubro de 2023

No cenário em constante evolução da tecnologia da informação, a escolha da arquitetura de software certa desempenha um papel crucial no sucesso de qualquer projeto de desenvolvimento. 

Neste artigo, exploraremos cinco tipos de arquitetura de software em alta que têm impacto significativo na forma como os sistemas são projetados e implementados. 

Desde a flexibilidade dos Micro Serviços até a organização hierárquica da Arquitetura em Camadas, passando pelo padrão MVC, Pipes-and-Filters e a abordagem Service-Oriented Architecture (SOA), cada uma dessas abordagens oferece vantagens únicas e desafios específicos. 

Ao entender essas arquiteturas, você estará mais bem preparado para tomar decisões informadas ao planejar seu próximo projeto de software.

Arquitetura de Micro Serviços

A arquitetura de Micro Serviços é uma abordagem de desenvolvimento de software que se concentra na divisão de um aplicativo em componentes independentes e autônomos, chamados de micro serviços.

Cada micro serviço é responsável por executar uma função específica do aplicativo e pode ser desenvolvido, implantado e dimensionado de forma independente.

Essa arquitetura baseia-se no princípio da modularização, onde cada serviço opera como uma unidade isolada, geralmente com sua própria base de código e banco de dados.

Alguns dos benefícios e vantagens são:

  • Escalabilidade: Os micro serviços podem ser dimensionados individualmente, permitindo que os recursos sejam alocados onde são mais necessários, melhorando a escalabilidade do sistema.
  • Facilidade de manutenção: Atualizações e correções podem ser aplicadas a serviços individuais sem afetar o funcionamento de todo o aplicativo, facilitando a manutenção.
  • Resiliência: Se um micro serviço falhar, isso não afetará necessariamente o funcionamento de todo o aplicativo, tornando o sistema mais robusto.
  • Tecnologia Diversificada: Cada micro serviço pode ser desenvolvido usando a tecnologia mais adequada para sua tarefa específica, proporcionando flexibilidade tecnológica.

Casos de uso ideais

Aplicativos de comércio eletrônico: Onde diferentes funcionalidades, como gerenciamento de pedidos, carrinho de compras e recomendações, podem ser implementadas como micro serviços independentes.

Aplicativos de streaming: Onde serviços de reprodução, recomendação de conteúdo e gerenciamento de contas podem ser separados em micro serviços.

Sistemas complexos de back-end: Onde funções como autenticação, processamento de pagamento e gerenciamento de usuários podem ser componentes individuais.

Desafios que devem ser considerados

Complexidade operacional: Gerenciar vários micro serviços pode ser complexo, exigindo ferramentas adequadas de orquestração e monitoramento.

Coordenação de transações: Garantir a consistência em transações que envolvem vários micro serviços pode ser desafiador.

Comunicação entre micro serviços: A comunicação eficiente entre serviços é essencial e deve ser bem projetada.

Dicas para escolher micro serviços como arquitetura

Avalie a modularidade: Considere se o seu aplicativo pode ser dividido em componentes independentes e autônomos.

Compreenda as necessidades de escala: Avalie se a escalabilidade é importante para o seu projeto.

Pense na manutenção a longo prazo: Considere como você lidará com atualizações e correções no futuro.

Priorize a comunicação eficiente: Garanta que os micro serviços possam se comunicar de maneira eficaz, preferencialmente usando padrões como REST ou gRPC.

A arquitetura de Micro Serviços oferece flexibilidade e escalabilidade, mas também requer uma abordagem cuidadosa para garantir que os benefícios sejam maximizados e os desafios sejam mitigados. Ao considerar os pontos mencionados, você estará mais bem preparado para escolher os micro serviços como a arquitetura ideal para o seu projeto de desenvolvimento de software.

Arquitetura em Camadas

A arquitetura em Camadas é um modelo de desenvolvimento de software que organiza um sistema em componentes distintos, cada um com um conjunto específico de responsabilidades.

Geralmente, as camadas são organizadas hierarquicamente, com cada uma dependendo da funcionalidade da camada abaixo e fornecendo serviços para a camada acima. Isso resulta em uma estrutura organizada e modular.

Principais vantagens

Separação de responsabilidades: Cada camada possui uma responsabilidade específica, facilitando a manutenção e o entendimento do código.

Reusabilidade: Componentes em uma camada podem ser reutilizados em diferentes partes do sistema.

Facilidade de teste: As camadas podem ser testadas independentemente, melhorando a qualidade do software.

Desvantagens

Complexidade adicional: A introdução de camadas pode aumentar a complexidade do sistema.

Overhead de comunicação: A comunicação entre camadas pode introduzir overhead em termos de desempenho.

Casos de uso típicos

Aplicativos da web: O modelo cliente-servidor em camadas é comumente usado em aplicativos da web, com uma camada de apresentação, uma camada de lógica de negócios e uma camada de armazenamento de dados.

Aplicativos empresariais: Sistemas empresariais frequentemente se beneficiam da separação entre a interface do usuário, a lógica de negócios e os sistemas de banco de dados.

Desafios comuns ao usar camadas

São dois os principais desafios de utilizar esse tipo de arquitetura de software: a coordenação de camadas e a manutenção de consistência, que pode ser complexo.

Padrão MVC (Model-View-Controller)

O MVC é um padrão arquitetural que divide uma aplicação em três componentes principais: Model (Modelo), View (Visualização) e Controller (Controlador).

O MVC separa claramente a lógica de apresentação da lógica de negócios. O Modelo representa os dados e a lógica por trás deles, a Visualização cuida da interface do usuário e o Controlador gerencia as interações entre o modelo e a visualização.

Aplicações ideais: O MVC é adequado para aplicações complexas, como aplicativos da web e de desktop, onde a separação de responsabilidades é fundamental para facilitar a manutenção e o desenvolvimento.

Limitações e considerações: Embora o MVC promova uma estrutura organizada, pode introduzir complexidade em aplicativos simples. É importante garantir uma boa implementação para evitar acoplamento excessivo entre os componentes.

Dicas para determinar sua utilização: Avalie a complexidade do projeto e a necessidade de separação de responsabilidades. Para projetos menores, uma abordagem mais simples pode ser preferível.

O MVC é uma escolha poderosa para aplicações que requerem organização e clareza na estruturação do código, mas deve ser adotado com moderação, considerando as necessidades específicas do projeto.

Pipes-and-Filters

Pipes-and-Filters é uma arquitetura de software que divide um processo em etapas independentes, chamadas "filtros", que se comunicam por meio de "tubulações" (pipes). Isso promove a modularidade e a reutilização de componentes.

Benefícios e casos de uso: Essa arquitetura é valiosa para tarefas que podem ser divididas em etapas discretas, como processamento de dados, filtragem de informações e transformações. Os benefícios incluem flexibilidade e escalabilidade.

Limitações e desafios: A complexidade pode aumentar com a gestão de muitos filtros e a coordenação entre eles. A sobrecarga de comunicação também é uma consideração importante.

Dicas para avaliar apropriamento: Considere a natureza modular da tarefa e a necessidade de reutilização de componentes. Se as etapas são independentes e bem definidas, o Pipes-and-Filters pode ser uma escolha eficaz.

Service-Oriented Architecture (SOA)

A Service-Oriented Architecture (SOA) é uma abordagem arquitetônica que se concentra na criação de sistemas de software por meio da composição de serviços independentes. Uma das principais vantagens do SOA é a promoção da reutilização de serviços, economizando tempo e esforço de desenvolvimento.

Setores beneficiados: Empresas de telecomunicações, instituições financeiras, governo e saúde podem se beneficiar do SOA. Por exemplo, em saúde, o SOA permite que sistemas diferentes compartilhem informações, melhorando a eficiência no atendimento ao paciente.

Desafios e complexidades: Implementar o SOA apresenta desafios, como o gerenciamento de serviços, segurança e coordenação entre serviços. Implementar o SOA requer uma estratégia sólida e ferramentas adequadas para garantir que os serviços funcionem harmoniosamente.

Dicas para escolher o SOA: Para escolher o SOA como arquitetura, avalie a necessidade de compartilhamento de serviços entre aplicativos, a flexibilidade para adicionar ou modificar funcionalidades e a complexidade da organização. O SOA é valioso quando a modularidade e a reutilização de serviços são prioridades.

Dicas para escolher a melhor arquitetura de software 

  • Avalie as necessidades do projeto: Como identificar as características e requisitos específicos do seu projeto.
  • Considere a escalabilidade: Como garantir que a arquitetura escolhida seja escalável conforme o projeto cresce.
  • Pense em manutenção e evolução: Considerações sobre a facilidade de manutenção e expansão do sistema.
  • Analise os recursos da equipe: Como a experiência e habilidades da equipe podem influenciar a escolha da arquitetura.
  • Avalie a eficiência e desempenho: Como a arquitetura afeta o desempenho do sistema e a eficiência operacional.

A escolha da arquitetura de software certa é crucial para o sucesso de qualquer projeto de desenvolvimento. Ao explorarmos as arquiteturas de Micro Serviços, em Camadas, o padrão MVC, Pipes-and-Filters e a Service-Oriented Architecture (SOA), ficou claro que cada uma delas tem suas vantagens e desafios. 

Portanto, ao iniciar um novo projeto, é importante considerar cuidadosamente as necessidades específicas, a escalabilidade, a manutenção, a equipe envolvida e o desempenho para selecionar a arquitetura mais adequada.

Com a escolha certa, você estará bem preparado para enfrentar os desafios tecnológicos e aproveitar ao máximo as oportunidades que a computação moderna oferece.

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