Sair do país é um dos desejos cada vez mais frequentes dos brasileiros. Mas será que trabalhar fora do Brasil vale a pena? Afinal, essa decisão traz diversos impactos não só para a carreira, mas principalmente para a vida.
Ainda assim, muitos profissionais se aventuram nesse caminho, na esperança de um futuro melhor e mais seguro. Entretanto, é preciso considerar os lados positivos e negativos dessa escolha. Aqui, você vai descobrir parte deles - o que deve te ajudar a tomar a decisão mais alinhada com seus valores e desejos.
De acordo com a pesquisa Branding Brasil, 55% dos jovens brasileiros deixariam o país se pudessem. Mas o que motiva os profissionais a saírem da sua pátria? Abaixo, listamos alguns dos motivos mais comuns:
Boa parte dos brasileiros deseja trabalhar fora do país pela possibilidade de trabalhar em empresas maiores, que costumam oferecer ótimas oportunidades de crescimento na carreira.
Grandes nomes da área tecnológica, como Google e Meta, têm seus escritórios no Brasil. Mas outras como a Tesla, por exemplo, ainda não chegaram a se estabelecer por aqui. Além disso, nos países desenvolvidos, o contato com novos processos, tecnologias e oportunidades costuma ser mais rápido.
Países que possuem uma moeda forte (como Estados Unidos, Inglaterra e outros países da Europa) costumam ser um grande atrativo para profissionais brasileiros justamente pela desvalorização do Real.
Essa possibilidade de ganhar em uma moeda potente, somado ao custo de vida (que, a depender do local, costuma ser mais em conta que muitas metrópoles brasileiras), se torna outro grande atrativo para escolher trabalhar fora do Brasil.
Indicadores de qualidade de vida, como saúde, educação, segurança e bem-estar costumam ser muito melhores em países menores e mais desenvolvidos que o Brasil. Esse é um dos principais motivos para a perda de talentos brasileiros: encontrar um local tranquilo e saudável para viver.
Quem mora fora do país consegue desenvolver uma grande bagagem cultural. Afinal, estar em contato com outras crenças, culturas e realidades ajuda as pessoas a desenvolverem habilidades que não seriam trabalhadas caso permanecessem sempre no seu país de origem.
Esse aspecto tem sido cada vez mais valorizado, principalmente pela inserção de jovens no mercado, que querem ter experiências mais globais.
Até aqui, já explicamos alguns dos motivos de brasileiros quererem trabalhar fora do país. Mas será que essa mudança realmente vale a pena?
Essa pergunta não tem uma resposta correta. É preciso avaliar cada caso e, principalmente, os desejos e ambições de cada pessoa. Entretanto, é preciso considerar que todo o processo de trabalhar fora ao mudar de país é bastante oneroso, desafiador e demorado.
Sendo assim, essa decisão precisa considerar os prós e contras:
Além dos pontos já explorados aqui, como a possibilidade de ganhar mais, a maior qualidade de vida e as melhores oportunidades profissionais, outras vantagens também devem ser destacadas:
Lidar com diferentes desafios em uma nova cultura (como se adaptar a um novo ambiente, aprender a resolver problemas em contextos diferentes e superar a saudade de casa) fortalece a resiliência, a independência e a autoconfiança.
Quem consegue desenvolver essas habilidades comportamentais, também chamadas de soft skills, garante uma grande vantagem competitiva no mercado e na vida.
Trabalhar em um ambiente onde se fala outra língua é uma oportunidade única para aprimorar ou adquirir novas habilidades linguísticas, principalmente se você busca a fluência em um idioma. Isso pode abrir outras portas para mais oportunidades no futuro.
Construir uma rede de contatos internacionais pode ser valioso para o avanço profissional, permitindo o acesso a diferentes mercados e oportunidades de colaboração em escala global.
O processo de adaptação a um novo país pode ser desafiador, envolvendo questões emocionais, como a solidão e a dificuldade de se encaixar em uma nova cultura. Isso é ainda mais complicado para pessoas introvertidas e tímidas, que já têm uma dificuldade natural de construir novos relacionamentos.
Lidar com uma língua estrangeira e diferenças culturais pode dificultar a comunicação eficaz, levando a mal-entendidos, afetando a produtividade e o relacionamento com colegas de trabalho.
Condições políticas e legais podem mudar, afetando a segurança e a estabilidade do emprego em um país estrangeiro. Em casos de crises repentinas, podem exigir que os imigrantes voltem para suas pátrias sem muitas explicações.
Trabalhar fora do Brasil muitas vezes significa estar longe de entes queridos, o que pode dificultar sua presença em momentos importantes da vida da família.
Embora os salários possam ser mais altos em alguns lugares, o custo de vida e as despesas relacionadas à mudança podem ser grandes, afetando o equilíbrio financeiro.
Integrar-se a uma nova sociedade pode ser complexo, especialmente em países com culturas muito diferentes, onde o preconceito cultural ou a discriminação podem existir de forma descarada.
Além de avaliar as vantagens e desvantagens de trabalhar fora do Brasil, é preciso considerar seus valores pessoais, seus objetivos e metas de vida, bem como avaliar o mercado e a sociedade para onde você pretende ir.
Para te ajudar nisso, separamos alguns questionamentos que podem te ajudar a refletir e tomar essa decisão:
Se você tentou responder às perguntas acima e não se sentiu 100% confortável para mudar de país ou ainda ficou com certas dúvidas, saiba que existe uma alternativa viável: trabalhar para fora do Brasil sem sair daqui.
Essa modalidade ganhou popularidade com o avanço da tecnologia e das comunicações, permitindo que profissionais se conectem com equipes e projetos ao redor do mundo sem a necessidade de estar fisicamente presente no local de trabalho.
O trabalho remoto para empresas estrangeiras envolve a realização das atividades profissionais a partir de um local fora das instalações físicas da empresa, geralmente de forma online.
Para isso, é importante ficar atento aos principais pontos desse tipo de ocupação:
Toda a comunicação é feita por meio de plataformas digitais, como e-mail, chats, videoconferências e ferramentas de colaboração. É importante que você esteja disponível nos horários combinados e consiga receber e repassar informações de forma eficiente - principalmente por texto.
Os profissionais que trabalham remoto para o exterior recebem tarefas e projetos a serem cumpridos de acordo com prazos estabelecidos pela equipe ou empregador. A dinâmica pode mudar de empresa para empresa mas, na prática, você vai realizar o mesmo trabalho que faria no escritório, só que de casa (ou de um café, da casa dos familiares ou de um coworking).
Trabalhadores remotos costumam ter mais controle sobre seus horários e ambientes de trabalho, podendo adaptar suas agendas às suas necessidades pessoais. Entretanto, é importante sempre alinhar com o líder direto e avisar a equipe que não estará disponível em determinado horário. Afinal, apesar de remoto, é um trabalho como qualquer outro.
Para garantir que os resultados esperados estão sendo atingidos, a avaliação de desempenho é baseada nos resultados entregues e na qualidade do trabalho, ao invés da presença física. Por isso, é extremamente importante manter uma comunicação constante e efetiva com seus líderes e equipe.
Acesso a ferramentas tecnológicas é fundamental, incluindo conexão de internet confiável e softwares de colaboração. Como seu escritório será virtual, essas tecnologias se tornarão indispensáveis para a execução de um bom trabalho.
Você já deve ter percebido que a dinâmica do trabalho remoto é diferente do presencial. Entretanto, as vantagens são diversas para quem quer trabalhar para fora do Brasil sem sair daqui:
Quem percebeu que trabalhar remoto para o exterior, morando no Brasil, pode ser mais interessante do que migrar para outro país, precisa ter em mente algumas considerações.
Para trabalhar de forma remota, você precisa lidar com alguns desafios - tanto pessoais quanto corporativos. Três deles são os mais críticos, que você não pode negligenciar:
A diferença de fuso horário entre o país do empregador e o local de residência pode afetar a comunicação e a colaboração. Em alguns casos, a empresa pode pedir para que seu expediente seja no horário de onde a sede está localizada - e você precisará se adaptar.
É essencial compreender e se adaptar à cultura corporativa da empresa estrangeira para uma integração eficaz. No Brasil, temos um modelo muito peculiar e bastante pessoal para lidar com as interações no trabalho. Já em países como Estados Unidos, Inglaterra e outros países da Europa, a cultura empresarial é muito mais impessoal. Prepare-se para isso.
O trabalho remoto requer autodisciplina e capacidade de gerenciar seu próprio tempo e produtividade. Lembre-se: você sempre será cobrado pelos resultados, e não por estar sempre online ou disponível. Por isso a autogestão e a disciplina são indispensáveis.
Se você chegou até aqui e optou pelo trabalho remoto como uma alternativa válida para trabalhar para fora do Brasil, saiba que é importante pesar os prós e contras. Nesse momento, avalie aspectos como a estabilidade da empresa, a necessidade de interação presencial e os desafios pessoais de trabalhar em um ambiente isolado.
Responder à pergunta se “trabalhar fora do Brasil vale a pena” é algo bastante pessoal, mas esperamos ter ajudado você até aqui! Para seguir nesse caminho, veja este passo a passo de como fazer um currículo internacional.
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